Um empresário contratou uma empresa de telemarketing para vender churrasqueiras, e deu certo. Uma central de atendimento telefônico aposta em tecnologia para ganhar eficiência.
A empresa tem 50 linhas de telefone e 26 postos de atendimento, os chamados PAS. São baias com computador onde fica a operadora com o telefone. A central de atendimento cria e gerencia programas de relacionamento com o cliente de outras empresas. Lá, as funcionárias fazem e recebem milhares de ligações todos os dias.
“Hoje a área de telemarketing é um dos setores que mais crescem no país, e toda empresa, desde uma multinacional até uma pequena empresa, tem o seu atendimento telefônico. Seja com muitas ou poucas PAS – Posição de Atendimento”, afirma o coordenador operacional Rodrigo Galeoni.
Todo ano, a empresa compra ou atualiza os programas de atendimento telefônico. A última aquisição é a Ura – Unidade de Resposta Audível. O sistema foi vendido pelo programador Julio Cesar D’Auria por R$ 2 mil. A Ura transmite informações básicas por meio de um menu que o cliente digita.
O programa economiza custos para a empresa de telemarketing.
“Usando uma Ura você não precisa de tantos atendentes. A Ura faz um pré-atendimento, já filtra de 30% a 40% do total das ligações já ficam na própria Ura, a pessoa desliga, já está satisfeita, não precisa falar com ninguém”, explica Julio César.
Outro programa importante para uma central de telemarketing é o discador automático. O sistema seleciona sozinho os números e disca. A operadora só entra em cena quando o cliente, do outro lado da linha, atende a chamada. E já aparecem na tela todas as informações sobre o cliente.
“É uma ferramenta para aumentar o desempenho de uma atendente. Hoje, uma atendente consegue fazer número x de atendimentos por dia na discagem manual. Assim que você coloca o discador, essa performance aumenta no mínimo 60%”, diz Julio Cesar
Com um investimento de R$ 25 mil é possível montar uma pequena empresa de telemarketing.
Mas, segundo o coordenador Rodrigo Leoni, não basta a tecnologia. É importante reforçar o serviço com campanhas criativas.
“Dentro desses programas, nós procuramos manter os clientes que já temos e incentivar que novos clientes façam adesão aos serviços”, explica o coordenador operacional Rodrigo Galeoni.
Uma das campanhas de incentivo de maior sucesso é a que dá pontos que se transformam em prêmios para os consumidores.
“Eu acumulei pontos usando o meu cartão de crédito, depois eu entrei em contato com a central de atendimento, escolhi com eles o produto, aí eu faço todo um cadastro e recebo esse produto em minha casa ou escritório, onde eu pedi”, diz a consumidora Samia Sbizera.
Alugar os serviços de uma empresa de telemarketing pode ser uma opção para quem tem pouco dinheiro para investir. É o caso do empresário Maurício Gomes da Silva. Ele tinha um bom produto nas mãos, churrasqueiras com o emblema dos times de futebol, e precisava vender. A saída foi contratar a empresa de atendimento telefônico.
“É um pessoal treinado para vendas. A gente não tinha condições de fazer isso na nossa empresa”, conta Maurício.
O empresário paga R$ 7,4 mil por mês pelo serviço de quatro operadoras que se revezam em dois pontos de atendimento, durante 12 horas por dia.
A vantagem para o cliente é que ele controla todo o atendimento, a qualquer hora e de qualquer lugar. Basta uma mesa com um computador. O empresário digita uma senha, aí aparece na tela do computador o mapa do atendimento. Quantas pessoas ligaram, quantas compraram ou deixaram de comprar. O mais interessante é que, por esse sistema, é possível até ouvir cada ligação.
“Se a técnica de venda da atendente não estiver adequada, a gente já liga e resolve o problema, já orienta”, diz o empresário.
Segundo o dono da empresa de telemarketing, Marcelo Neiva, outra vantagem é a segurança. O contrato pode ser cancelado depois de três meses. Isso evita o risco do investimento maior, caso o negócio não dê certo.
“Como é que você vai investir numa tecnologia que não tem a ver com seu negócio? É melhor terceirizar porque você vai entregar para uma empresa especializada para fazer o trabalho”, acredita Marcelo Neiva.
O empresário Maurício conta com uma estrutura especializada. As operadoras recebem treinamento para vender o produto.
A campanha dá resultados. Em dois meses, a empresa vendeu mais de 300 churrasqueiras.
A empresa também faz um trabalho de estímulo às vendedoras. Todo mês, quem vendeu mais ganha uma churrasqueira de presente.
“Vendi 52 churrasqueiras. No final de semana vou estrear o prêmio, pessoal da central vai lá em casa, e vamos comemorar”, brinca a operadora de telemarketing Camila Bezerra.
FONTE- Pequenas Empresas Grandes Negócios.
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